sexta-feira, 13 de março de 2009













quinta-feira, 12 de março de 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

Diario de um Gordo



Diario de um gordo (em dieta)

Austerobilo

Publicado em 06.03.2009, as 16h58

Ser gordo e ser considerado simpatico e hilario, mas do tipo que compensa rejeicao social
Foto: Divulgacao

Querido Austerobilo**,

Reavaliei minha vida hoje. Senao minha vida, meu corpo. Descobri que faco parte de uma minoria desgracada. Sou gordo. Nao me entenda mal, ser gordo nao e, de longe, um problema. Problema e o que vem 'de graca' ao ser visto como gordo. Ser gordo e ser considerado simpatico e hilario, mas do tipo que compensa rejeicao social, com piadas e gentilezas. Nao existem gordos felizes ou gordos cafajestes. Sao apenas gordos. E suas vidas sao determinadas pelo 'mundo', literalmente, ao seu redor.

Nos, gordos, nao somos julgados por nossos comportamentos e culturas, mas pelos olhos que nos veem. Hoje, sou convencido que todo gordo e feio. O maximo que atingimos e um 'mas tem um rosto bonito’ (vale ressaltar o 'mas'). Claro, isso, se for pobre. e fato que rico bonito e uma redundancia, independente de sua circunferencia. De que outra forma Fausto Silva seria casado com uma modelo loira? Ou existe outro motivo para uma mulher suportar toda vez que tenta completar uma frase, ouvir um 'o, louco, meu', no pessoal e no profissional?


Mais destrutivo que isso, so a ideia de que os gordos sao assexuados. Nenhum de nos e desejavel, de forma alguma. Por certo nao conhecem uma prima minha, que no alto da sensualidade de seus 107kg, e conhecida por toda a Torcida Jovem do Sport. E basta que ela passe, para que eles levantem a ola.

Confesso que nunca fui de dietas. Odeio frutas, verduras e matos afins. Entao nem me arrisco. Acho graca ao ver os que tentam substituir refeicoes, por exemplo. Daqueles que deixam de comer os velhos dois pratos no almoco e ja fazem muito ao 'enrolar' com um misero ovomaltine e uma bomba de chocolate. A reducao alimentar, entao, e a melhor. Sujeito chega e pede um, apenas um misero, chese-bacon-rosbife-burger com fritas (porque o normal seria ele comer tres) e completa na maior cara de geracao saude 'e uma coca light, por favor'.

Nao me entenda mal, ser gordo nao e, de longe, um problema

Nao me arrisco tambem em academias. Nao suporto esse bando de marombeiros. Nao tem jeito, para mim, o corpo e esculpido as custas do atrofio do cerebro. E so a ideia de ter uns tres seres destes sorrindo e olhando enquanto o gordo se estica todo nas maquinas e inconcebivel. Estudei muito na minha vida para terminar servindo de palhaco.

O que mais me impressiona quando decidimos fazer dieta e o fato de termos nossa vida limitadas a alimentacao. Normalmente, instaurado o ocio, planejamos o que vamos fazer mais tarde. 'Acho que vou pegar um cinema' ou 'Vou visitar fulano'. Em dieta, nao tem jeito. Estamos de manha pensando 'o que eu vou comer no almoco?' ou 'sera que vou ficar com fome?'.

Austerobilo, nesse momento Oprah, decidi mudar de vida. Decretei dieta urgencial. Perdoe-me se nos proximos dias vou maldizer tudo e todos. Perdoe-me se meu sarcasmo atingira o limite do bom gosto. Perdoe-me as grosserias. Mas se para ti ja sou feio, pobre, palhaco e assexuado, agora ja tambem nao como. Tenho direito de pelo menos mandar-te a...

Nao tenho coragem de comecar com o velho Querido Diario. Ja nao basta o ato de manter um diario, em si, um tanto quanto gay. Por isso, direi que produzo relatos diarios de um cotidiano, como uma carta a um amigo.

terça-feira, 10 de março de 2009


Um país inacreditável


Huberto Werneck

Nada como uma bela inteligência, sobre tudo quando acoplada ao bom humor e uma sensibilidade de artista. Essa preciosa mescla era um dos encantos mais deleitáveis da escritora americana Elizabeth Bishop, que um grande amor prendeu ao Brasil por longos anos, de 1951 a 1974. Em cartas a amigos nos EUA, ela destilouimpressões sopre o país e o povo:
“É gostoso e relaxante estar num país onde ninguém sabe direito em que estação do ano estamos, em que dia estamos, que horas são.”
“Tem homens de calção chutando bolas de fultebol por toda parte.”
“Como país, acho que o Brasil não tem saída – não é trágico como o México, não, mas apenas letárgico, egoísta, meio autocomplacente, meio maluco.”
“É um país onde a gente se sente de algum modo mais perto da verdadeira vida, a de antigamente.”
“Aqui as pessoas amam as crianças mas do que em qualquer outro lugar – com a possível exceção da Índia. Nenhum sacrifício é grande demais quando é feito em nomes dos filhos.”
“O carnaval é uma grande confusão, porém organizada e artística.(...) Acho que o samba é a última poesia popular que ainda se faz no mundo.”
“Gosto muito do idioma – cheio de diminutivos, aumentativos, formas carinhosas etc.”
“Outro verbo muito bom e humano que faz falta no inglês – quando você quer pular for a de compromisso ou desconvidar-se:‘desmarcar’.”
“Já observei que us escritores daqui costumam aparecer em fotos deitados em redes, e talves seja este o problema da leitura brasilheira.”
“Aqui há uma espécie de obsessão com beleza – todo mundo vive descrevendo os olhinhos e narizinhos e queixinhos das crianças – e quando os vejo, muitas vezes me decepciono. Mas o nível geral de beleza é um tanto baixo.”
“O caju é uma combinação indecente de fruta com castanha.”
“Os brasilheiros parecem adorar doenças.(...) É muito interessante adoecer e tomar remédio em português e os brasilheiros ficam na maior animação quando tem alguém doente.”
“O único órgão que a maioria dos brasilheiros reconhece é o fígado; a gente chega a ficar enjoada de ouvir conversas infindáveis sobre o estado do ‘fígado’ de cada um.”
“Essa mistura de bom gosto com gosto atroz é bem brasileira...”
“Ah, que país inacreditável!”

segunda-feira, 9 de março de 2009

Depoimento

Meu nome é Rosivane de Figueiredo Mendes, tenho 16 anos estou cursando 2° ano do Ensino Médio, estou aqui para adquirir mais conhecimento.
Tenho vontade de dar Aula de Musica e fazer uma faculdade.